ARTESANATO

Nossas vendas são apenas por encomenda ou nas comunidades. Estimulamos compras coletivas ou de lojistas, e enviamos os pedidos pelos correios. A arte de tecer com palha de tucumã e tingimento natural torna cada peça única, assim como o tempo de entrega é combinado um a um.

Agregado às peças tecidas estão os processos:

cortar a palha, secar a palha, tingir e tecer.

Quando o artesanato é valorizado e consumido a preço justo, gerando renda para as mãos de quem tece, os mais jovens se animam, aprendem o ofício e as gerações seguem tecendo, de mão em mão.

TRADIÇÃO

Uma das mais tradicionais atividades dos povos amazônicos originários é o trançado em palha. De forte influência indígena, essa atividade está ligada à grande diversidade de matéria prima disponível, como curuá, buriti, arumã, jacitara e tucumã e reaproveitamento de madeiras caídas entre outras, que nos servem de inspiração.

ANCESTRALIDADE

Dos mais antigos herdamos as técnicas de produção de objetos e ferramentas que facilitam o trabalho no roçado e a produção de farinha, como cestos, balaios, peneiras e tipitis, que ainda são utilizados em nossas práticas extrativistas. Além disso, a palha é ainda muito utilizada na confecção de telhados e até mesmo de paredes, portas e janelas das tradicionais casas ribeirinhas.

CRIATIVIDADE

As técnicas de trançado, passadas de mães para filhas (e filhos, eventualmente), vêm se aprimorando e atualizando a partir da nossa criatividade e já são marca do nosso artesanato, conhecido mundialmente.

IDENTIDADE

O ponto tradicional se desdobra em tantos outros pontos que se referem às suas criadoras e suas comunidades, de forma que nós conseguimos identificar a origem das peças pelo teçume desenvolvido, como o ponto jararaca da comunidade de Arimum, o ponto embuá da comunidade de São Miguel e o ponto sacaí da comunidade de Vila Gorete.

Em outras comunidades, as peças podem também ser identificadas pelos padrões, como a ciranda de bonequinhas da comunidade de Vila Brasil.

PRODUÇÃO

Para além da técnica, existe toda uma complexidade implicada na produção das peças, que muitas vezes envolvem toda a família.

Primeiramente, há o manejo da palha, que inclui a coleta de forma correta, retirada dos espinhos, abertura e secamento e tingimento das palhas.

Há também o processo de produção das tintas naturais. As principais são:

Amarelo (mangarataia ou açafrão)

Preto (jenipapo)

Roxo (caapiranga)

Laranja (urucum)

Marrom (crajiru)

Verde escuro ( jenipapo + mangarataia)

Preto azulado (jenipapo do igapó)

Cada uma delas tem uma técnica diferente de extração a partir de folhas, sementes ou frutos, e as demais cores são feitas a partir da junção de uma ou mais tinturas.

Por fim, há ainda o processo do tingimento em si, que requer a fervura da palha na tintura desejada e uma nova secagem. Só então a palha estará pronta para o trançado.

A TURIARTE é integrante da REDE Artesol – Plataforma de integração entre artesãos e demais integrantes da cadeia produtiva do artesanato: comerciantes, instituições, clientes finais e outros.

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